terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O CAFÉ, POESIA & CIA, COM O APOIO DA DE PANES, INICIA O PROJETO "LITERATURA URBANA" PARA CRIANÇAS CARENTES. ALIMENTANDO A ALMA POÉTICA E O ESTOMAGO, LEVANDO PAES E PANETONES. PARTICIPE!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010


O CAFÉ, POESIA & CIA, RECEBEU A VISITA ILUSTRE DO RENOMADO JORNALISTA INTERNACIONAL E DIRETOR DO JORNAL BRAZILIAN PRESS- ESTADOS UNIDOS.
ANFITRIÃ ELEN VIANA.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"O CAFÉ,POESIA &CIA," NA VERSÃO INTERNACIONAL, AGORA NO JORNAL "BRAZILIAN PRESS"- ESTADOS UNIDOS, POR ELEN VIANA.
CULTIVE A LEITURA SENDO UM LEITOR!
http://www.brazilianpress.com/20101125/local/noticia07.htm

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O BOM VELHINHO...


Quem é este velhinho de barba branca como a neve, que carrega em seu lombo um pesado saco cheio de presentes? Reconhecido pela mídia mundial como “O BOM VELHINHO”, ele é o responsável pela realização dos sonhos das crianças e também de muitos adultos. Não é fácil ser Papai Noel, para isso, o idoso precisa preencher requisitos impostos pela mídia , como cabelos e barba comprida alva como a neve (nesta época pode-se aposentar o Tablete Santo Antonio), estar acima do peso ( não se leva em conta o colesterol alto, nem diabetes,muito menos triglicerides),ser sorridente, gostar de aventuras,como andar de helicóptero, descer de uma chaminé, escalar um muro alto,ainda que do outro lado tenha um lindo cão faminto (nessa época não se leva em conta a labirintite, nem fobia por alturas). Os adultos param por um momento seus afazeres a fim de levarem seus filhos até o bom velhinho para receber um abraço. Pai e filho escutam seus conselhos prometendo colocá-los em prática para o próximo ano. No entanto, esta mesma sociedade que exalta o bom homem, durante o ano ignora-o, afirmando ser ele um velho, sendo tudo que é velho é deixado de lado e trocado por algo mais novo. Assim é a vida do idoso, isso num âmbito mundial. A experiência e anos de carteira de trabalho não significam muito hoje em dia; os cabelos e barba branca são uma afronta para muitas empresas, isso sem falar no peso, pois dizem que “todo gordo é lento e preguiçoso”. A idade avançada já não significa maturidade e experiência e sim canseira e enfado. O idoso, de adorado passa a ser considerado “uma mala sem alça”, um empecilho e sobrecarga nas finanças da família. Aquele homem que trabalhou a vida inteira, suou para ganhar o sustento da família, hoje nem sua aposentadoria tem o direito de ir receber sozinho e comprar o que bem lhe apraz, antes, sempre tem um filho, neto ou outro parente com a desculpa de que vai junto receber a aposentadoria para que ninguém o assalte, mas na realidade é o próprio indivíduo que já esta com sua lista pronta para gastar o dinheiro do bom homem. Antes, o velhinho caridoso levava os netos para brincar na praça ou assistir a matinê, agora querem ensiná-lo a urinar dentro do vaso, dar comida em sua boca, e quando não, colocam-no em um asilo afirmando não estar ele com as faculdades mentais normais, e quando mora com a família, o acomodam no quarto dos fundos, longe de todos e de tudo. O homem nasce, cresce, estuda, trabalha,coopera para a evolução do planeta... No entanto, este mundo que um dia traçou metas para recebê-lo prometendo fazer-lhe um cidadão útil para a sociedade, é o mesmo que com o passar dos anos o descarta como a uma carta fora do baralho.
Em suma,mais um natal se findou e o Papai Noel rapou a barba,passou tablete santo Antonio no cabelo( só assim poderá fazer parte desta sociedade alienada) tirou o macacão vermelho trocou as botas por um chinelo gasto,e o governo lhe roubou o saco de presentes que é sua auto estima, sua dignidade, seu conforto e tranqüilidade para envelhecer com respeito, e em troca lhe deu uma encheção de saco com o INSS; aliás, segundo nossa sociedade, aposentado é aquele que já esta inválido físico e mentalmente para exercer uma atividade produtiva. O que é necessário ao idoso fazer para que a sociedade o considere um cidadão ativo e respeitado?O que é preciso mudar nesta constituição ultrapassada para que nossos filhos no futuro possam envelhecer com dignidade? Será que nos faltam atitudes pragmáticas para reverter os padrões sociais? Elen Viana-

sábado, 11 de setembro de 2010

O SOLDADINHO DE PAPEL


Era uma vez um soldadinho de papel,
que fora recortado e pintado pelo seu Manoel.
Pendurado na parede, todinho verde,
dava vida e esperança para aquelas crianças.


O único brinquedo que tinham, era aquele quadro,
para todos daquele pequeno orfanato.
Crianças pobres e carentes, e mui descontes.
Órfãs e sofridas, vinham daquela distante vila.


O vilarejo era formado por pescadores
e mulheres rendeiras,que passavam o dia
tecendo nas esteiras.O alimento era peixe e farinha,
somente o que se tinha.


Esperavam os turistas para comprar o artesanato.
O pouco dinheiro que entrava era para o orfanato.
Todos trabalhavam incessantemente, tinham em mente,
fazerem aquelas pobres crianças contentes.


Mas nunca sobrava para comprar brinquedos.
Pois este era o desejo daquele povo humilde.
O único jeito era ser feito de papel, pelo seu Manoel.


Com muito capricho ele confeccionou,
aquele soldadinho verde ,que acabou na parede.
Pois no orfanato não tinha quadro
para alegrar o ambiente e deixa-los contentes.


Mas o tempo se passou e o soldadinho desbotou.
O seu Manoel adoeceu, e logo morreu.
O quadro pereceu, mas ninguém se esqueceu
que seu Manoel com amor, o fizera de papel.


Até hoje na parede esta a marca do prego.
Embora não exista mais o soldadinho,mas lá esta o furinho...
O tempo se passou... E Jesus abençoou.
As crianças foram adotadas.Famílias foram restauradas.


As crianças cresceram... Estudaram... Casaram...
Filhos tiveram, e lindos brinquedos compravam.
Mas nunca se esqueceram do soldadinho de papel, do seu Manoel.


ELEN VIANA

O REI MAU



Numa longínqua estância
morava um rei cheio de arrogância.
Vivia sozinho em seu castelo,
sem família, sem amigos, sem vizinhos.

os moradores o temiam, pois sabiam
que ele não tinha compaixão.
Sua satisfação, era fazer da estância
um campo de concentração.

Obrigava as crianças a trabalharem na carvoaria.
Durante todo o dia não podiam brincar nem cantar, só trabalhar.
Quebrava todos os brinquedos, rasgava livros e partituras,
não gostava de música, nem de leitura.

Os moradores,não agüentavam
tanta ostentação,viviam sobre pressão,
choro,escravidão, e muita lamentação...

Natal nunca houve,nem dia das mães,
nem dos pais,todos os dias eram iguais.
Pois o rei não tinha alegria...
Era só melancolia!

Não acreditava em Deus; era um ateu!
Nunca deixara construir uma igreja,
E o povo vivia em profunda tristeza.

Porém, num belo dia, ao caminhar pela estância,
esse rei cheio de arrogância tropeçou em uma pedra,
batendo a cabeça ao chão,perdendo a noção de quem era.

Os moradores, assustados, ficaram.
Em suas casas se trancaram.
O silencio era geral.Como aquele,
nunca houve dia igual.

De repente,uma porta se abriu,uma criança saiu
em direção ao rei,sem medo,sem pavor,
mostrando somente amor,carinho e compaixão
por aquele rei cheio de ambição.

Estendendo suas mãozinhas, ajudou-o,
o rei tão alegre ficou que ao menino beijou.
Todos atônitos ficaram pois não esperavam
um agrado do rei.

E, a partir daquele dia,todos viveram em harmonia.
Música se ouvia,alegria existia!
E o rei aprendeu a lição:Que a maldade no coração
Afasta as pessoas,trazendo solidão.


ELEN VIANA

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

SONHO DE PRINCESA


Embora já tenho chegado aos 40,

meu coração não agüenta de tanta solidão.

Busco desesperadamente,

um amor ardente,

para viver

loucamente

uma história

de amor.

Sonho

com um rapaz,

que me apraz de carinho

e afago fugaz.

Cor dos olhos não importa,

nem me incomoda a estatura,

somente seus atos de bravura!

Sonho ser uma princesa

cheia de beleza,

presa na torre do castelo,

E que num duelo,

o príncipe sobe para salvar,

prometendo amar loucamente para todo o sempre.

Esta é a história que tenho em mente...

ELEN VIANA