sábado, 11 de setembro de 2010

O SOLDADINHO DE PAPEL


Era uma vez um soldadinho de papel,
que fora recortado e pintado pelo seu Manoel.
Pendurado na parede, todinho verde,
dava vida e esperança para aquelas crianças.


O único brinquedo que tinham, era aquele quadro,
para todos daquele pequeno orfanato.
Crianças pobres e carentes, e mui descontes.
Órfãs e sofridas, vinham daquela distante vila.


O vilarejo era formado por pescadores
e mulheres rendeiras,que passavam o dia
tecendo nas esteiras.O alimento era peixe e farinha,
somente o que se tinha.


Esperavam os turistas para comprar o artesanato.
O pouco dinheiro que entrava era para o orfanato.
Todos trabalhavam incessantemente, tinham em mente,
fazerem aquelas pobres crianças contentes.


Mas nunca sobrava para comprar brinquedos.
Pois este era o desejo daquele povo humilde.
O único jeito era ser feito de papel, pelo seu Manoel.


Com muito capricho ele confeccionou,
aquele soldadinho verde ,que acabou na parede.
Pois no orfanato não tinha quadro
para alegrar o ambiente e deixa-los contentes.


Mas o tempo se passou e o soldadinho desbotou.
O seu Manoel adoeceu, e logo morreu.
O quadro pereceu, mas ninguém se esqueceu
que seu Manoel com amor, o fizera de papel.


Até hoje na parede esta a marca do prego.
Embora não exista mais o soldadinho,mas lá esta o furinho...
O tempo se passou... E Jesus abençoou.
As crianças foram adotadas.Famílias foram restauradas.


As crianças cresceram... Estudaram... Casaram...
Filhos tiveram, e lindos brinquedos compravam.
Mas nunca se esqueceram do soldadinho de papel, do seu Manoel.


ELEN VIANA

O REI MAU



Numa longínqua estância
morava um rei cheio de arrogância.
Vivia sozinho em seu castelo,
sem família, sem amigos, sem vizinhos.

os moradores o temiam, pois sabiam
que ele não tinha compaixão.
Sua satisfação, era fazer da estância
um campo de concentração.

Obrigava as crianças a trabalharem na carvoaria.
Durante todo o dia não podiam brincar nem cantar, só trabalhar.
Quebrava todos os brinquedos, rasgava livros e partituras,
não gostava de música, nem de leitura.

Os moradores,não agüentavam
tanta ostentação,viviam sobre pressão,
choro,escravidão, e muita lamentação...

Natal nunca houve,nem dia das mães,
nem dos pais,todos os dias eram iguais.
Pois o rei não tinha alegria...
Era só melancolia!

Não acreditava em Deus; era um ateu!
Nunca deixara construir uma igreja,
E o povo vivia em profunda tristeza.

Porém, num belo dia, ao caminhar pela estância,
esse rei cheio de arrogância tropeçou em uma pedra,
batendo a cabeça ao chão,perdendo a noção de quem era.

Os moradores, assustados, ficaram.
Em suas casas se trancaram.
O silencio era geral.Como aquele,
nunca houve dia igual.

De repente,uma porta se abriu,uma criança saiu
em direção ao rei,sem medo,sem pavor,
mostrando somente amor,carinho e compaixão
por aquele rei cheio de ambição.

Estendendo suas mãozinhas, ajudou-o,
o rei tão alegre ficou que ao menino beijou.
Todos atônitos ficaram pois não esperavam
um agrado do rei.

E, a partir daquele dia,todos viveram em harmonia.
Música se ouvia,alegria existia!
E o rei aprendeu a lição:Que a maldade no coração
Afasta as pessoas,trazendo solidão.


ELEN VIANA

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

SONHO DE PRINCESA


Embora já tenho chegado aos 40,

meu coração não agüenta de tanta solidão.

Busco desesperadamente,

um amor ardente,

para viver

loucamente

uma história

de amor.

Sonho

com um rapaz,

que me apraz de carinho

e afago fugaz.

Cor dos olhos não importa,

nem me incomoda a estatura,

somente seus atos de bravura!

Sonho ser uma princesa

cheia de beleza,

presa na torre do castelo,

E que num duelo,

o príncipe sobe para salvar,

prometendo amar loucamente para todo o sempre.

Esta é a história que tenho em mente...

ELEN VIANA

É NO VELÓRIO QUE TUDO ACONTECE...


Conversando com um amigo médico, ele me disse que estava em um velório( isso é fato) e uma dessas pessoas inconvenientes.....se aproximou dele e indagou-o: - Doutor! Ele era seu paciente?
Elen Viana

"Comparo aos livros, como frutas na feira: Chegam durinhos,limpinhos; porém ,com o passar do tempo, de tanto serem apalpados,revirados, e as vezes por descuido arremessados ao chão, ficando com um machucadinho aqui, outro ali.... E no final da feira, muitos são levados para o lixo...Más, é no lixo da feira, que o faminto busca seu alimento... E com todo carinho e cuidado leva-os para sua casa, e alimenta sua familia. "
Elen Viana

"CADA VEZ QUE ENTRO EM UMA BIBLIOTECA, SINTO-ME COMO AQUELES LIVROS....EMPOEIRADOS, RASURADOS, AMARELADOS, MUITOS ATÉ FALTANDO FOLHAS.! NO ENTANTO, JAMAIS DEIXARÃO DE SEREM CLÁSSICOS. MARCARAM A HISTÓRIA,SÃO MEMÓRIAS IMORTAIS POIS GUARDAM EM SUAS PÁGINAS ,RIQUEZAS E SEGREDOS REVELADOS SOMENTE PARA AQUELES QUE O BUSCAM ..."

ELEN VIANA

Dias de Luz



Despencou o arrebol, e com ele, a negrume escuridão avassalava a cidade! Becos penumbrosos tomavam conta de cada partezinha daquele lugar, dando vida à suntuosa mátria treva. Sussurros, gritos e odes à escuridão, notar-se-ava por todos os cantos. Não havia mais lume, o sol não mais brilhava, a negridão era eterna e maçante. A bruma pálida encobria soberba os nacos qu´ainda podia-se observar! As bestas noctâmbulas, d´um lado a outro, meneavam iconstantes na busca sem fim, por suas presas fáceis e inertes. No céu, notara-se a formação de um intempérie grandiosa, a qual limparia a cidade de todos os males ali concebidos. Arthur e Marília, confundiam-se à penumbra com suas negras vestes em uma das avenidas da cidade. As pessoas estavam afoitas, eufóricas, desesperadas à procura de um canto alumiado, pois sabiam que ao cair d´escuridão, o mal apossava-se daquele esquecido lugar. - Amor! - chamou Marília ao seu amado. - Sim, meu bem! - Precisamos nos esconder, a escuridão se faz presente e em breve tomará toda a cidade. - Tenho uma ideia, meu amor! - respondeu Arthur, preciso. - Siga-me!
Os raios começavam a pintar em argentecérulo aquele céu negrume, e aos poucos, estrelas cadentes despencavam da pintura escura, queimando partes da cidade nostálgica e diluindo a carne humana ao pó, dos que estavam ali presentes.

Arthur, ornado à sabedoria majestática de su´amada Marília, tratou de correr, de mãos dadas à sua linda namorada, a fim de reclusarem-se em um santo lugar, a Sistina central, datada do período barroco, ornamentada em arcos góticos, anjos e gárgulas em seu ápice.

Alguém os aguardava por entre os relicários daquela sistina. O velho e tenro padre Benctus! Ministro maioral do papado, era uma espécie de mestre em que Arthur confiou boa parte de sua existência.Marília, com sua fúlvida melena escorrida por suas espáduas, olhar expressivo em tons jade, corpo esguio, meiga e apaixonante, adentrava à alma de seu amado, pois, sabia que algo de muito estranho estaria acontecendo com ele.

- Arthur, Marília, como têm passado? - cumprimentou padre Benctus ao casal.
- Benção padre. - respondeream ambos respeitosamente.
- Como bem sabem, o fim dos tempos está caindo sobre nossas cabeças, e vocês, os escolhidos, precisam unir-se matrimonialmente, para assim, colocarem um novo início às peças deste quebra-cabeças.

Mas Arthur não sentia-se bem. Sua pele descamava, seus lábios empalideciam ,seu olhar enegrecia e de suas costas asas com gárgulas nasciam. Benctus tratou de tomar seus apetrechos para o exorcismo, e su´amada, ali, apoiando-o sempre, continuava de mãos dadas, resfolegante, mas sempre atenta.

Tratou então em dar início à cerimônia daquele matrimônio juntamente com o exorcismo.

O mal realmente almejaria aquele ataque surpresa, para, dessa m
aneira, vencer a força da luz.

Arthur, moreno, um metro e oitenta, olhos mel d´um fogo estridente, lábios finos e cabelos escuros, possuía tamanha força espiritual que relutava contra aquela alquimia malévola. Guarnecido ainda pelo amor de Marília e também por seu lume etéreo, protegido sob os cuidados de Miguel; sua força chegava a estremecer as paredes antigas daquela sistina.

- Em nome do altíssimo, eu ordeno, saia desse corpo!! - ordenou o padre pressionando uma cruz argêntea ornada ao seu centro com um rubi ovalado, sobre o chacra frontal do rapaz, tentando expulsar o demônio possuidor do corpo de Arthur.

Um fluxo energético tremendo fez com que Benctus caísse por cima da mesa de mármore, a qual realizava suas liturgias aos seus párocos e por ali desvanecesse.
Marília ainda segurando firmemente a mão direita do seu namorado, conhecedora das artes mágicas, e da sabedoria ascencionada, puxou um pentagrama dourado guarnecido por suas cinco pontas em turmalinas negras lapidadas (pedra essa capaz de banir qualquer energia negativa) e cravou veemente ao peito de Arthur; fazendo com que a besta gritasse, esvaísse, contorcesse e aos poucos transforma
ra-se em fumaça, juntando-se assim ao infinito. Ela sabia que se o demônio ali mantivesse presente, o reino da luz na terra poderia por se findar em questão de segundos.

Arthur, em sinal de agradecimento, caiu prostrado aos pés de su´amada, plangendo lágrimas d´emoção e dor.

Marília gotejava lágrimas salgadas de sofreguidão e lamentação, pois sabia que sua atitude em livrar o seu amado do mal, causaria-lhe um dano: a morte física de Arthur, pois, aquel
e artefato de cinco pontas, além de ser um talismã poderosíssimo, era revestido em prata puríssima de gumes afiadíssimos, capaz de atravessar o coração guerreiro do rapaz.

Ela abaixou-se devota, gritando e abraçando-o com ardor e veemência. Arthur, lânguido, espasmódico, olhou-a profundamente em seus verdes olhos e disse-lhe em tom trêmulo e resfolegante:

- Amada, tomou a correta decisão, livrou-me não só do mal mas também libertou toda a vida deste parvo planeta. Perdoa-me por não ter vigiado as mias costas, eles apossaram-se de mim., mas tu, regaste a nossa planta maioral, regaste o nosso Amor com unhas e dentes, defloraste a
s pétalas da besta com sua fé e regozijo d´amante. Tua luz é a mia luz, mia luz é a nossa luz. A partir de agora, mia Rainha, acompanhar-te-ei por esse traçado de sua vida, por esse seu novo processo como sendo o teu santo anjo guardião. A luz me chama, e eu, clamo-te! Clamo para que, longe daqui, conceba à luz ao nosso primogênito, este o qual carregas há três meses em seu mátrio ventre.
Sim, Marília, grávida, abraçava carinhosamente ali, o seu amado. Padre Benctus, retomando à realidade, abençoou-os naquele momento cessando de uma vez por todas aquela maldição mundana. O matrimônio das almas estava findado, completo!

As lágrimas intermitentes da moça adentravam-se aos poros de Arthur, transparecendo assim, em luzidos raios doirados, um lume excessivamente cegante, o qual queimara todas as hidras que por ali ainda faziam-se presentes.

- Amor, Arthur! - clamou a amada - Por toda mia vida lhe amei e por toda a além vida haverei em amar-lhe e respeitar-lhe pela pessoa e ser que és. Guarneço-te cá pelo poder do
triângulo, pelo poder maioral das forças da mãe maior, pelas bençãos das ordens supremas do eterno; guarneço-te ao lume colossal de meu lume, imbuído em meu coração, lume este que se traduz tão somente em amor e devoção. Toma, pega esta rosácea rubra, leve-a consigo para seu caminho resplandescente, pois, faço parte dele, sou essa luz a qual o acompanhará e o olor perfumoso dessa planta a lhe emanar. Sei que mia jornada continua com nossa filha, e dela, partirei para contigo no momento exato de nossa suprema ascensão. Vá em paz meu Rei! - despediu-se tenramente, beijando seus dois olhos num ato de amor, respeito e carinho.

Raios de matizes doiradas e violetas brotaram do âmago da capela onde os ascencionados, aos poucos, separavam o ser de luz de Arthur de seu corpo físico. Um dos mestres reverenciou Marília que nada mais era do que uma das
mestras maiorais dos sete raios, encarnada na terra, a fim de trazer e ordem, a paz e o Amor maioral das alturas ao todo!

Benctus, prostrou-se diante da luz suprema e de Marília, acenou a Arthur e rezou para o seu deus, agradecendo àquele momento de dádivas alumiadas.


O negrume do céu finalmente dava brechas aos raios resplandecedores do a
stro-rei, alguns sobreviventes davam o ar da graça, animais saíam de suas tocas e a luz de Marília reberverava ao mundo.


Os seis meses passaram-se e finalmente ela concebera a - Raio de Sol - nome dado à sua iluminada filha a qual o espírito fora realmente concebido em seu útero no dia da passagem de Arthur às esferas superiores.

E assim, a terra gerou uma nova ordem, uma nova era onde a luz, paz, humanidade e o Amor, fizeram parte por centenas de anos.
O reencontro de ambos (Arthur e Marília) fora promovido após uma sucessão de mudanças emanadas ao planeta, tanto no campo físico quanto no astral. Seus orbes rútilos podiam ser vistos da terra - duas estrelas unidas, fundidas, as mais brilhantes de todo o negrume universo, as quais in
dicavam o caminho portentoso de Raio de Sol , a primogênita sucessora da grandiosa irmandade pela qual o casal fazia parte, à ascensão. Sua missão agora era unir ainda mais os humanos e pregar toda a honra amorosa a qual jorrava de seu coração bondoso e iluminado: os Corações fundidos entre Arthur e Marília!

VDV, meine Königin!

Tiago Calegari

Mantenho-te



Regi uma orquestra majestática

Donde as notas eram por mim dedilhadas

Ao teu coração movi mia diáspora

Sinfonia ascendente às cantatas


Plantei uma Rubra Rosa fantástica

Em meu jardim de secas folhagens

Eras tu, Imperatriz amásia

O perfumoso toque de tuas habilidades


Demarquei meu território ao teu redor

E em teus flancos, guarneci mia imagem

Assassinei a merencória e o rancor

As pestes e chagas a sangrarem nossa coragem


Plangi, oh, como plangi lágrimas carmesins

Sob a escarlatina febril de meus lamentos

Aos poucos, em nosso jardim, eu morri

Mas relutei e venci os pútridos tormentos


Poder-se-á o mundo cobrir-me em intempéries

E à tsunami d´águas revoltas haverei em sobreviver

Mesmo qu´o enlace não seja nímio célere

Respeito-te e a Chronus, mago atroz a m´envelhecer


O fogo eternal queima voraz em meu peito

Exaurindo a melancolia e a fétida sofreguidão

É o sentimento a brotar sempiterno em meu leito

Frutuoso enleio desta mia exímia paixão


Mantenho-te então acesa, oh chama d´Amor

Protegida sob mias másculas mãos varonis

Aquecendo meu coração livre de dor

Dissipand´o praguedo e os pensamentos vis


Ich Liebe Dich, meine Löwin!

Tiago Calegari

sábado, 4 de setembro de 2010

É HORA DE SAIR DO ARMÁRIO...


Existe um grande armário onde muitos profissionais competentes precisam esconder sua sexualidade para sobreviverem tanto no meio social, como no mercado de trabalho. Pequena é a quantidade de homens que se declaram homossexuais em seu trabalho e continuam na ativa, como cabeleireiros, maquiadores, médicos, artistas plásticos, enfermeiros e outros profissionais que somente são aceitos na sociedade devido ao cargo que exercem e as influências que pode ser-lhes útil no momento, ficando os comentários para depois nas rodinhas da elite... discretamente. (Não estou aqui para generalizar ou escandalizar, muito menos vomitar minha ira sobre este assunto tão delicado, e ao mesmo tempo brusco, mas que na maioria das vezes são varridos discretamente para debaixo do tapete, devido as grandes influências a que se chegaram ). No entanto, se um militar, um civil, político, pastor , padre, ou até um jogador de futebol, resolver declarar sua sexualidade, será totalmente discriminado. Sendo assim , muitos ainda estão dentro do armário ! Prova disso, são os padres que fazem voto de pobreza e castidade ao se formar, justamente para não se casar e não ter que repartir sua herança com os filhos, netos... Empobrecendo o ouro da igreja que é tão rico! Prova esta, é a igreja de Roma, e os inúmeros casos de pedofilia e filhos bastardos (não generalizando). Muitas igrejas proíbem tantas coisas no casamento alegando ser “pecado”, que no final das contas, ou o homem busca uma filial que lhe promova o prazer que ele necessita, pois aqui estamos falando do lado carnal(adâmico) ou, acaba saindo para “refrescar a cabeça “ aproveitando e dando umas voltas na Bandeirantes a fim de evangelizar os travestis e homossexuais que estão ali, ganhando seu pão de cada dia. Mas, de tudo, o que mais me entristece é ver muitos dentro do armário, e só se revelam no crepúsculo da noite, nas vigílias, nas viagens missionárias...nas viagens de negócio.Muitos empresários, aproveitam essas viagens longe da família para saírem do armário.Quantos casais vivem de aparências e enganos? Quantas mulheres da sociedade choram a noite após um belo banho de espuma, um perfume francês e uma camisola de seda rendada, esperando o marido que chega sempre cansado “das viagens”, das pescarias com amigos, dos acampamentos...(não generalizando). Do que adianta ser um pregador de dia e um pedófilo à noite? Do que adianta andar engravatados e no fim da noite buscar prostitutas e travestis que lhe satisfaçam seu prazer carnal? Isso sem falar dos muitos que adoram ternos de dia e nas madrugadas se revelam com uma meia fina e salto alto....Estes, são os muitos bastidores...Mas ,como acabar com toda essa pouca vergonha? O que a mulher precisa saber e entender para que seu casamento transcorra como o foi na lua de mel? Os tempos mudaram, as modinhas e os muitos passeios nas praças com a família ficaram há 20 anos atrás.Hoje ,a mulher precisa abrir o armário e ser mais ousada e perguntar para seu esposo: Qual roupa você quer usar? Mulher gato, ou de homem aranha?
Elen Viana-

SOMOS IGNORANTES...


" NENHUM CASAL PROGRAMA TER UM FILHO DEFICIENTE. QUANDO VEM A NOTÍCIA, HÁ MUITAS LÁGRIMAS,MUITA TRISTEZA, ARREPENDIMENTOS DA GESTAÇÃO... MAS , QUANDO CHEGA A CRIANÇA AO MUNDO, NOTAMOS QUE DEFICIENTES SOMOS NÓS, POR NÃO ENTENDER A GENÉTICA HUMANA NEM A DIVINA "
ELEN VIANA

FEMINILIDADE SUBJUGADA



A noite, ainda é algo a ser muito pesquisado. Ela trás em sua essência uma magia que transforma as horas negras e silenciosas em volubilidade, fascínio e magnitude. Num passe de mágica,homens e mulheres, mesmo após uma semana desgastante de trabalho, passam por uma mutação ainda que efêmera, dando lugar ao super homem e mulher maravilha; onde a jovialidade orgânica ,o entusiasmo,o vigor,a interação social e o jogo de sedução recíproco,transformam-se em campeões de audiência.
Recentemente visitei uma boite, muito freqüentada por universitários, empresários e pessoas afins. Seu repertório musical, pista de dança, bebidas e atendimento ao cliente, eram considerados aprazíveis e propícios para uma noite mágica e um assunto tão minudente e sistemático; e que vem afligindo desde os primórdios a “mulher” em sua essência.
Apreciei durante horas nos rostos masculinos, a satisfação em uma única noite ser considerado o “caçador” e ao mesmo tempo “a presa”, tão almejada das inúmeras mulheres que circulavam o local.
Era, como se depois da meia noite eles se transformassem de “sapos” á príncipes e tivessem o direito da dança com a princesa da noite, não se importando que após as 5 horas da manhã o encanto acabasse, e voltassem a serem “sapos” novamente.
A música em sua magia, e o ambiente tão oportuno da noite, ajudava-os, para que o encanto fosse realizado.
Mulheres dançavam procurando mostrar toda sua sensualidade, a fim de chamar a atenção da presa, ou “caçador”, como se estivessem no cio, clamando pelo parceiro.
A estimativa era de um homem para oito mulheres... Isso tornava uma concorrência um tanto acirrada.
Mulheres indo e vindo da toilette, onde os espelhos eram os mais cogitados mesmo porque aquela noite era diferente de todas as outras; aliás, além da magia da música e dança que envolvia a todos, a beleza feminina era buscada como primicia pelo caçador.
Ao fim da noitada, observei que muitas das beldades femininas que circulavam o agradabilíssimo ambiente, estava ainda a espera do príncipe, e muitas não se importando de alguns já terem se transformado em “sapos”; mesmo porque o que contava era terminar aquela noite nos braços de um homem...Ainda que o álcool já os tivera “caçado” primeiro que elas, ou o cansaço.
Agora pergunto: O que a antropologia, ou a sociologia tem a dizer sobre este fato que é consumado em todo o mundo? O que pode-se fazer para mudar este quadro tão deprimente, e que vem afetando o “homem” em sua essência?
Os valores do seres humanos têm passado por mudanças a cada década. Hoje, salões de beleza, farmácias, clínicas dermatológicas e afins, disputam no mercado, quem tem mais produtos e qualidades para satisfazer os prazeres femininos e masculinos, transformando-os em”produtos” a serem expostos no mercado,sendo assim,quem pode mais,chora menos !
A inteligência feminina, ainda tem sido subjugada pela mídia. Se a beleza vier acompanhada de uma dose de inteligência, perspicácia... Bingo!Caso contrário, somente a beleza já é suficiente para fazer a “galera” masculina se alegrar.
Quantas “Ofélias” (personagem feminino, de um programa televisivo, onde a mulher dava vexame sempre que participava de uma conversa com amigos) ainda existem e perduram em nosso planeta?
Os best-sellers ainda são: “beleza e jovialidade”, o conhecimento, e a intelectualidade, ainda são vistos como “clássicos”. Isto é; são lembrados com carinho. No entanto guardados em grandes estantes, porem empoeirados, sem uso, obstante do efeito que o best-seller vem causando estrondosamente.
Muitos, têm em mente, uma mulher intelectual trajando um tailleur, salto alto, coque e óculos, não necessariamente bonita ou charmosa, e sempre com aspecto “sisuda” e feminista, procurando “tomar o lugar dos homens”, a quem se acham ter este direito e prioridade.
Na realidade, a mulher intelectual, aquela que busca conhecimento, tem sido uma ameaça à classe masculina, tanto é verdade que ainda vemos nas pesquisas que embora as mulheres tenham alcançado uma colocação substancial no mercado de trabalho, todavia, o salário entre o homem e a mulher diverge em demasia.
A quem culpamos? O que é necessário para uma mulher se considerar “realizada”, amada,respeitada em toda sua essência de “mulher” neste mundo que diz ser tão eclético e ecúmeno? Não sou engajada ao feminismo e sim ao civismo, tanto é que luto pelos direitos da mulher, independente de raça, nacionalidade, beleza, nível social e crença religiosa.
Tenho aprendido a cada dia que a mulher é um ser dotada de inteligência, independente de beleza física, basta ela não se deixar rotular e não assumir um papel que a sociedade impõe, classificando-a como: “o importante é a beleza” ou “não precisa abrir a boca, basta mostrar o corpo”. Infelizmente muitas têm aceitado a risca este ensinamento, e caladas, satisfazem-se com o ser chamada de “gostosas”. Agem como animais adestrados, que respondem somente as expectativas e necessidades de seu dono.
Em suma, na qualidade de argumentista; lanço para todo aquele (a) que também luta ou se incomoda com a situação que estamos vivenciando, para que a igualdade, equidade social, independente de raça ou sexo, possa deixar de ser utopia, e sim uma realidade de nossos dias.
Precisamos de uma mudança EMERGENCIAL!

Elen Viana

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ARTIGO: Cada um na sua e D´us para todos!

Já notaram o quanto é cansativo deparar-nos com pessoas que, a qualquer dificuldade ou melhor ainda, diante de qualquer ato de outrem, D´us está no meio? Mas, como assim? – você me pergunta!

Vamos por partes, tal qual fazia “Jack, o Estripador”. (risos)

Nossas vidas são guarnecidas por erros e acertos, quedas e aprendizados; onde tudo isso nos leva a um lugar em comum: o auto-conhecimento. Infelizmente alguns beatos ou pseudo-beatos, incrustados na sociedade, crêem, acham ou afirmam que qualquer ato nosso dito “errôneo” por eles, D´us proverá e Este jorrará sua ira sobre nós, pobres mortais imperfeitos. Bem, é certo que somos centelhas Dele, luz de Sua luz, mas, é irrefutável afirmar que o Eterno é um ser vingativo, projetando assim sua ira sobre nossos defeitos, erros ou pecados. “Cada um é responsável por aquilo que cativas”. Afinal, o que é pecado? Pecado nada mais é o momento em que prejudica-se outrém através de atos, gestos, palavras, sentimentos ou pensamentos; nada além disso! Ou seja, faça o que tem vontade de fazer mas, sempre respeitando o próximo e o espaço alheio. Coloque-se no lugar do outro e pensará dez vezes antes de prejudicá-lo. Simples, não é mesmo? Lembrando sempre que o bem e o mal são fatores muito relativos, pois, o que pode ser bom para você, pode não ser bom para o próximo; portanto, reflitam!

É comum ouvirmos destes “falsos profetas” que qualquer ato o qual seja contra os seus pensamentos, seremos castigados tórridamente e queimados nas labaredas infernais de Satã! É aí que eles pecam, ou seja, tentam manipular com suas mentes maniqueístas e maquiavélicas, algumas poucas que estão em estado crítico e enfraquecido, prejudicando assim, d´alguma maneira, o próximo. Esquecem-se que para sermos salvos de nossos pecados internos ou não, devemos, antes de mais nada, pedirmos perdão ao Eterno e dar o nosso melhor para que não aconteça novamente nossos atos e, sendo assim, não mais prejudiquemos as pessoas ao nosso redor ou distantes.

Agora vamos à parte literária.

Escrever textos, contos, poesias eróticas, de terror, violência e tal; muitas vezes são taxadas como o “mal” ou pior ainda, a própria “encarnação do mal”, “o herege”, dentre outras pérfidas pérolas perniciosas impostas por estes julgadores de opiniões. Escrever nada mais é do que arte, e arte é democrática até onde eu saiba nesse nosso país de cultura livre e sem censura. Já ouviram falar da tal frase onde diz-se que muitas vezes “o poeta é um fingidor”? Pois é, exercícios poéticos existem aos cântaros, portanto não tem como taxar ou julgar outrém pelo que escreve. O mundo possui milhares de julgadores assíduos, para, diante de quaisquer “erros” nossos, lançam seus gumes afiadíssimos e chamas egocêntricas a fim de decepar de nossas mentes, toda a criatividade e inteligência imbuída. Para eles, ignotos por natureza; inteligência, criatividade, conhecimento e amor, jamais são tirados de alguém! Pobres almas julgadoras! Falam tanto em D´eus, tanto na soberania Dele, que só Ele julga e acabam julgando o próximo sem julgar-se em primeira instância. Em nossa terra injusta, quem julga são os juízes perante os crimes, somente eles. Deixe que o restante, o nosso Arquiteto o faz com maestria!

Ora é inaceitável dizer que “eu não acredito em D´us” só por causa de meus escritos, só por causa de mi´arte ou só porque pratico a energização à distância! Acredito, e como acredito neste Ser maravilhoso o qual nos criou, mas, cá entre nós; algumas pessoas estragaram tanto a imagem do Altíssimo, que entregam suas palavras, seus verbos de maneira errônea, a fim de taxar o próximo como algo assustadoramente tenebroso.

Felizmente o planeta está caminhando para uma era mais amena, mais tenra, sutil, sublime; a qual o joio, aos poucos, está sim sendo separado do trigo. E o que devemos fazer? Agradecer sempre por estarmos vivos, agradecermos por estarmos respirando, por amarmos, por enxergarmos, por podermos proporcionar a felicidade alheia e interior, e enviar luz para estes e tantos outros que vivem em suas próprias escuridões e terrenos tão áridos, que suas luzes estão olvidadas por suas próprias perdições.

Aos julgadores de plantão: julguem-nos, julguem-me, se assim o quiserem, pois somente os justos conhecem bem em qual reino estão pisando!!!

Cada qual conhece a sua crença e a sua vontade, basta, dessa maneira, respeitar a vontade do próximo e estar feliz consigo próprio e com o meio em que vive.

Enquanto os seres estiverem em guerra ou atritos consigo próprios, o mundo ainda travará batalhas sangrentas!

Reflitam todos e Paz Profunda!


Tiago Calegari



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A POESIA TEM LINGUAGEM PRÓPRIA?

Como para ser poeta não precisa ter cursado uma faculdade, muito menos uma língua padrão, visto que a linguagem para a poesia, não tem padrão específico, pois ela está contida na alma de cada ser.
Sendo assim, é de suma importância todo aquele que ama a poesia, e faz dela um motivo para viver, seja o escritor com seus inúmeros livros publicados, a dona de casa, aluno, professor, pedreiro, carpinteiro ou qualquer outro profissional. Unam-se para desmistificar esse conceito estabelecido, de que os dialetos mais prestigiados ainda são os das classes mais abastadas, seja financeira ou intelectual; tomando-o não mais como dialeto e sim como a própria “língua”, onde afirmam que os dialetos das classes populares corrompem a língua com seus erros. Porém, notamos que há certa discrepância, pois muitos dialetos e jargões que são usados pelas classes populares, são hoje, usados por todas as classes sociais, como o termo “legal”, “asneira”, “arco da velha”, “baboseira”, entre outros. Devido a esta inverdade, muitos poetas estão com seus escritos no fundo das gavetas ou trancafiados em baús, pois temem falar em público, ou apresentar seus escritos a sociedade e serem envergonhados por não usarem a tal linguagem “culta”. Não ouso dizer que ela não seja de interesse as classes menos prestigiadas pela sociedade, pelo contrário. O ser humano é dotado de faculdades intelectuais hábeis, capaz de aprender diferentes dialetos regionais e saber o momento oportuno no qual se deve usar uma linguagem coloquial ou uma linguagem, digo “específica”. Para outros, “culta”. Como estamos falando de poesia; segundo alguns estudiosos, a poesia é o caráter que emociona que toca a sensibilidade, e sugere emoções por meio de uma linguagem.
Sendo assim, cabe ao poeta a linguagem que deve usar, seja ela falada ou escrita.
Agora eu pergunto: quais são os erros que cometemos ao escrever uma poesia? Erramos por querer preservar a língua materna? Erramos ao usar nosso dialeto regional? Porque o preconceito da linguagem urbana?
Quero deixar aqui, alguns nomes de poetas consagrados que abriram o caminho para que novos escritores pudessem criar em liberdade, livres das algemas formais do academicismo, e que por ironia da linguagem, hoje, suas poesias são recitadas por poetas de diferentes classes sociais: Carlos Drummond de Andrade , Graciliano Ramos, José Lins do Rego , Jorge Amado, Murilo Mendes entre outros, preocupados com a realidade brasileira, não se limitando apenas atender uma classe social de leitores, nem a uma norma estabelecida de “linguagem”.
Elen Viana, membro do projeto “CAFÉ, POESIA & CIA”


CRÔNICA - "Caixão-Vagão"





Esse mundo me cansa! As pessoas fúteis, vazias, superficiais, materialistas; cansam-me! Mas, temos que compreendê-las.

É cada vez maior o número de pessoas que colocam as coisas e o sistema acima de tudo em suas vidas. Vide no dia-a-dia em um ambiente de trabalho, nas academias, nos shoppings centers, em casa, festas, enfim, no cotidiano em geral.

No trabalho a cobiça e a presunção são fatos a desqualificarem qualquer ser, perante o fluxo energético uníssono das boas intenções. Ou seja, vemos pessoas passarem por cima de outras a qualquer custo, somente para subirem de cargo, para denotarem seus egocentrismos e dizerem “eu sou o máximo” a si próprios; fazendo com que seus orgulhos e vaidades espirituais ou pessoais, sejam superiores aos outros.

O que ganham com isso? Ah, um câncerzinho, uma diabetes, um infartozinho!! Tá bom assim? Creio que sim, não é mesmo? Para estes é o mínimo que eles próprios fazer-se-ão, a fim de interligarem suas massas encefálicas ignotas e vazias ou amontoadas em fezes de seus mundos parvos para copularem com o que de melhor sabem conceber: a presunção, a soberba, a ganância, a estultície!

Pior ainda é que muitos acham que possuem o “rei em suas barrigas” quando na verdade “comem mortadela e arrotam perú”, tais quais dizem os provérbios; achando que levarão para o além-vida seus pertences mundanos e imundos, esquecendo que existem sentimentos, provações, conhecimento, evolução pelos quais fazemos parte e certamente os levaremos para qualquer lugar a qual tenhamos que ir ou permanecer.
Para estes tenho a sórdida solução!

É uma nova “espécie” de lar doce lar pós-vida! Apresento-lhes o “Caixão-Vagão”.

Isso mesmo – Caixão-Vagão!!!!
Para você que quer levar seu monte de dinheiro fedorento de merda daqui para sete palmos abaixo da terra, não deixe de encomendar o seu Caixão-Vagão!

A decoração é maravilhosamente ornada com pedrinhas semi-preciosas, eu disse semi e não preciosas, pois você acha que mandaria você ao purgatório ou ao inferno guarnecido em ouro ou diamantes? Imagine? A loucura ainda não me pegou, fique tranqüilo, pois lugar de pedras preciosas é nas cabeças de reis, é na alma de pessoas magnânimas e cheias das maiorais intenções e não na sua mente pútrida e corpo apodrecido!

E ainda, você ganha inteiramente grátis três vagões engatilhados em seu caixão cheinho com todos os seus bens materiais mais preciosos aqui da terra! Todos os que você adquiriu roubando, enganando, estorquindo, ludibriando; agora só para você! Passe dias e noites maravilhosas no pó, debaixo da terra com as suas riquezas vagabundas e cheias de vermes esfaimados por um precinho de tirar o chapéu! Ah, mas se você é mão de vaca o suficiente e não quer pagar a bagatela de uns tantos mil reais nessa preciosidade, não se preocupe que eu tenho a solução! Ao ser enterrado peça já para a sua família guardar todo o seu dinheiro dentro de seu suntuoso corpo e tenha dias mais ricos no seu paraíso infernal! Ou senão deixe por nossa conta que, para a sua inteira satisfação, enrolaremos tudo em um canudinho e... e, deixa pra lá, não é mesmo? (Ah, como você tem a mente pútrida!).

O que, ainda não está satisfeito? Ah, então porque você não vai pra p....???
Gostou? O que você está esperando? Ligue agora mesmo para o número que está em sua tela: 2-meia mole-meia meia-meia dura e peça já o seu Caixãããããããoooooooo-Vagãããããããoooooo!!

Se não ficar satisfeito entregaremos seu dinheiro no fundo da terra diretamente pra você, ou melhor, diretamente para o seu pó!

“Ligue Djá!!!”

Exija o original, não aceite imitações!
Mais um produto testado, aprovado e comprovado pelo "In.Meto".

Tenha uma ótima Vida e uma rica, Morte!

Obs.: tudo o que fazemos em vida será reflexo do pós-vida, portanto, plante o bem para depois colher somente o bem e frutos saborosos e nectaríferos. Este texto é uma mera comparação a todos aqueles que ainda são escravos do poder, do dinheiro, do trabalho forçado, dos apegos, filhos do egocentrismo, dos crimes e esquecem-se que possuem uma alma e o próximo a zelarem.
Portanto, em outubro, cuidado em quem votar! Olhos bem abertos!


Este texto é totalmente apolítico! Qualquer semelhança com a realidade pode até ser mera coincidência! :p

Nada nessa vida dura..nem moldura! (risos)
Tudo nessa vida muda...até bermuda! (risos de novo)
Tudo na vida passa, ...ah..essa é velha...fui!

Tiago Calegari

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ARTIGO: Perdas e Ganhos.






A vida por vezes é dolorosa, sôfrega; um luto momentâneo (a crise é passageira, permanecer em crise é opção) a medida em que pessoas vão, sentimentos passam e nesse vai e vem que ela nos impõe, tiramos algum proveito evolutivo disso tudo. (?) Tiramos mesmo?

Passamos por momentos em que nossas próprias dificuldades internas, nos elevam e nos fazem tirar forças de lá de nosso âmago, de lá das regiões mais abissais, as quais, não nos passa pela mente que possuiremos tal poder de nos alavancarmos e sairmos d´um lamaçal lambuzado por nós próprios. Afinal, a vida é feita tão somente de escolhas!!!

Mas, a vida continua numa linha não contínua, numa montanha russa de pensamentos x sentimentos, razão x emoção; numa dualidade sem fim a qual, por vezes, nos prega peças, caso não estejamos preparados a tal.

Mas desde quando estamos preparados para o luto? Quando digo luto não é somente o luto da morte, mas também o luto de sentimentos, o luto da partida de outrém, o luto do vai e vem da vida, o luto pelas coisas, luto pelos momentos, etc... O ser humano não é preparado à lutuosidade mundana, mas sim, à engolir forçadamente goela abaixo, as dores desde o momento da concepção até as púberes. Isto também varia muito de cultura para cultura e não cabe, neste momento, destrinçar tal assunto.

Mas tudo isso é por uma simples e dúbil questão: a evolução.
Viemos pra cá com a única e exclusividade missão de evoluirmos.
Está muito enganado se você pensa que viemos pra este mundo para casarmos, termos filhos e trabalharmos! Sinto lhe informar, mas não! Viemos sim com o intuito de evoluirmos, seja pela dor ou por amor. Casamento, filhos e trabalho são consequências de nossos atos e escolhas, sejam elas boas ou não!
Por isso temos que praticar sempre a lei do Amor, a lei da caridade (quando digo caridade é saber ouvir na hora certa, falar na hora certa, é dar um ombro amigo a quem precisa; ser caridoso não é sair doando parte ou todo o dinheiro que temos, mas sim, doar o nosso amor e atenção a outrém), temos que praticar o altruísmo, enfim, nos colocar no lugar do próximo e tentar sentir na pele o que ele sente antes de desferir qualquer ato lancinante de nossa parte.

O conceito de evolução humana muitas vezes, infelizmente, baseia-se em passar por cima do outro para conseguir status, baseia-se em ter carros do ano, em casar com "a modelo" ou com "o gostosão", baseia-se em ter mais dinheiro que meu vizinho, baseia-se em enganar o companheiro de trabalho e passar por cima dele a fim de almejar um cargo superior! A arrgoância, a ganância, a prepotência, a humilhação; são adjetivos imundos àqueles que realmente ainda não aprenderam o real valor da vida, adjetivos atribuídos aos fracos de espírito, mas, que devemos sim respeitá-los, pois estão em outro processo/nível evolutivo.

Então, quando estes, os fracos, perdem seu poder, perdem seu cargo, perdem seu dinheiro; o vazio bate friamente em seus corações e suas vidas vão por água abaixo. E por que? Porque idolatram o vazio, idolatram a matéria e se esquecem que todos temos um coração e espírito a zelar e regar tal qual uma linda rubra rosa (e ganham, devido a isso, doenças e até quadro irreversíveis os levando até a morte).
Enquanto aquele que perde alguém seja para a morte ou para a vida; seu coração parece ter se partido, mas, o tempo, suas buscas interiores, o amor, o autoconhecimento, o conhecer outras pessoas, o trabalho, o estudo; enfim, tudo aquilo que engrandece e embeleza a alma e o espírito, faz com que esse "luto", aos poucos esvaeça-se e sua vida fique ainda mais próspera (há perdas que nos trazem ganhos na vida). A estes não basta viver da matéria, mas sim, irrigar seus corações em conhecimento, em aprendizado, em amor, em doação; pois somente assim os seres humanos, mesmo achando que estão preparados para o luto, poder-se-á preparar-se, em algum momento de suas vidas, a ele!

Mesmo perdendo-se na vida, tenha plena consciência de que ganhamos e muito, por outro lado! O processo é este, cabe a cada um de nós saber aceitar ou adaptar-se às imposições colocadas diariamente em nossas vidas! - Temos que ter a sabedoria necessária para lidarmos com as perdas e os ganhos!


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Amar, é refletir perante exemplos grandiosos e crescer e não afundar-se mediante os fracos exemplos dos perdedores de si próprios.

Tiago Calegari