segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mantenho-te



Regi uma orquestra majestática

Donde as notas eram por mim dedilhadas

Ao teu coração movi mia diáspora

Sinfonia ascendente às cantatas


Plantei uma Rubra Rosa fantástica

Em meu jardim de secas folhagens

Eras tu, Imperatriz amásia

O perfumoso toque de tuas habilidades


Demarquei meu território ao teu redor

E em teus flancos, guarneci mia imagem

Assassinei a merencória e o rancor

As pestes e chagas a sangrarem nossa coragem


Plangi, oh, como plangi lágrimas carmesins

Sob a escarlatina febril de meus lamentos

Aos poucos, em nosso jardim, eu morri

Mas relutei e venci os pútridos tormentos


Poder-se-á o mundo cobrir-me em intempéries

E à tsunami d´águas revoltas haverei em sobreviver

Mesmo qu´o enlace não seja nímio célere

Respeito-te e a Chronus, mago atroz a m´envelhecer


O fogo eternal queima voraz em meu peito

Exaurindo a melancolia e a fétida sofreguidão

É o sentimento a brotar sempiterno em meu leito

Frutuoso enleio desta mia exímia paixão


Mantenho-te então acesa, oh chama d´Amor

Protegida sob mias másculas mãos varonis

Aquecendo meu coração livre de dor

Dissipand´o praguedo e os pensamentos vis


Ich Liebe Dich, meine Löwin!

Tiago Calegari

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