segunda-feira, 26 de julho de 2010

4a.AULA DA SEMANA- RESENHA: POEMA E POESIA



Você sabe qual a diferença ?
Segundo os escritores mais profundos, há um sentido diferenciado entre as duas palavras.
POEMA: É a forma escrita do poeta, as idéias que ele supõe refletir no papel.

POESIA: É ou são os sentimentos explícitos, os temas ali propostos nas palavras dos poetas.
Há muitos poetas por este planeta. Alguns os supõem apenas com suas pretensões de escrever sem um plano que os dirijam; outros já com suas regras gramaticais e poéticas obtidas com a prática escolar e ou acadêmica.


Texto elaborado por:Aparecido Januário.

Professor de literatura Portuguesa.

cidojan@yahoo.com.br

MENINA MOÇA

Você , menina - moça
adormece
e , em teu sono profundo
se esquece .
De olhar pela janela
e ver
as estrelas
e reconhecer .
Nas estrelas
( com carinho ) o olhar ,
e lembrar
nas pessoas .
Pessoas queridas
que sempre foram suas amigas .
Amigas de ontem
de hoje
e serão amanhã ...

LUIZ BOSQUIERO

luizfco42@hotmail.com


O AMOR É MULTICOR

O amor não tem cor específica,
Assim como o sentimento não indica
Pedro, Antonio ou João...
O que importa é o coração!

Carinho, atenção ,devoção,
satisfação e respeito.
Todos guardados no peito
sem nenhum preconceito!

Ah ! Se povos e nações entendesseme compreendessem ,
que o amor é multicor!
E que a felicidade não tem idade,
nem grau de escolaridade...

O que importa é a idoneidade da loucura...
O senso de ternura...
A liberdade da igualdade,
A perseverança na esperança...

Quero ser uma amante militante !
Sem uso de calendários ou formulários...
Viver este lindo momento,
sem me importar com o tempo....

Para o amor, não precisa pudor!
Nem relógio...e o lógico,não existe.
O absoluto entrará em luto,
e o surreal...tornar-se-á real !

O esplendor do amor
reflete através do espaço
que damos ao compasso,
para redesenhar e ilustrar nossa história... em glória.
ELEN VIANA

NOSSO AMOR


Nosso amor, sério e escondido,
Pelas praças e ruas, destemido.
É por demais comprometedor,
Aos olhos do meu e do teu Senhor.

Nossa paixão sólida e reprovável,
Que parece um tanto durável.
Sufoca-nos de responsabilidade,
Por não possuirmos de fato liberdade.

Nossos argumentos infindáveis,
Que por nossos pais, inaceitáveis,
Redobra-nos de intenso vigor,
E somam-se a doçura e o amargor.

Aparecido Januário

Jorra de mim...



Jorra de mim, o mais rubro sangue
Co´a pureza infinita dess´Amor
Despenc´aos cântaros a um mangue
Penetrando em meus poros abertos co´amar.gor

A misantropia defeca em meu ser
A um´anátema ferrenha a exaurir
As energias deste meu tenro apetecer
Mas ess´Amor, o sentimento não haverá em s´esvair

Jorra de mim o mais cálido sangue
A queimar mia tez guarnecida por su´ausência
Ouç´aos sussuros mi´alma inteira langue
Prostrada e infante, suplicand´a sua presença

A merencória plúmbea afia suas lâminas
Neste nédio coração arraigado
Exaurindo de meu imo as sequiosas hidras
Esculpindo o cinzel de meu corpo selado

Jorra de mim o mais efusivo sangue
Que morno, adoece nas saudades tuas
Perfazend´o caminho de mi´alma exangue
Rogando por ti, Rainha, às inóspitas alturas

Tiago Calegari


terça-feira, 20 de julho de 2010

3a. AULA- RESENHA: TEXOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS


TEXTO NÃO LITERÁRIO:
Quando o texto informa de um modo objetivo e com embasamento científico. Ainda que o autor utilize recursos estilísticos de expressão, a função referencial predomina no texto.
Exemplos: artigos de jornal, bula de medicamentos, receitas culinárias, textos didáticos, etc...
• TEXTO LITERÁRIO:
No texto literário a linguagem é poética, emotiva e preocupa-se em emocionar o leitor, e não tem compromisso com o respaldo cientifico, e sim com a realidade subjetiva do autor.
Exemplos: Poemas, romances literários, contos, novelas e etc.

ELABORADO POR: Elen Viana

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amo-te desd´o princípio


Antes de meu nascimento, no útero de mia mãe, ouvia sua voz ternurenta em outras dimensões; chamando-me, Clamando-me. Desd´antes daquele momento eu já te amava! Já sentia sua essência branda à minha, ouvia seus cânticos de leoa enamorada proferindo músicas d´amor a meu orbe. Meu coração palpitava, gelava perante tamanha emoção! Eu, minúscula criatura que era, tão só naquela vida intrauterina, cerrava meus pequeninos olhos caramelados e sonhava com sua sublime presença. Por vezes ouvia seus ruídos de donzela dormente ronronando de lá das alturas ao pé de meu ouvido. O som era encantador, permanecia inerte, enfeitiçado e ruborizado por tamanha devoção vinda de mia mais suntuosa e presente daminha. O tempo foi passando e naquela bolsa envolta em conforto, água e carinho; meu corpo mal cabia. Lembro-me das mãos quentes de meu pai tocando este ventre materno e sentindo os meus chutes. Mal sabiam que não eram chutes, mas sim, pulos de alegria harmoniosos, ao ler as notas musicais soadas pela doce sinfonia da voz de mi´amada princesinha! Desd´aquela época já sabia que te amava! Desd´antes do princípio já lia e relia seu coração versejante cheio de desejos infantes e femíneos. Agora, cá estou em vida terrena, buscando mia plenitude onde finalmente a reencontrei nos saudosos e cálidos braços d´arminho de mi´amada. Mia princesinha virou rainha, garbosa dama de meus derradeiros sonhos e diante do traçado destino das almas afins, o conúbio de nossos orbes traçou-se e escreveu uma suntuosa e majestática obra d´Amor!

Tiago Calegari

domingo, 18 de julho de 2010

A CRUZ OU JESUS?



Procurei Jesus na cruz,
inanimada e sem vida,
cruz tão perseguida,
e também tão querida!

A árvore chorou,
quando o machado a cortou.
Arrancada com violência de sua terra,
tudo premeditado... Nada por acaso.

Não lhe perguntaram:
-Queres ser uma cruz?
Não teve a mínima chance de defesa,
escrava era da realeza.


Esquartejada, talhada, esculpida.
mas nunca esquecida.
Madeira tão sofrida
porém tão querida.

Arrastada, cuspida, amaldiçoada.
Machucada, furada, muito judiada.
Obediente fora ao carpinteiro
mesmo sabendo que iria para o outeiro.

Feita em cruz,
sepultada fora com Jesus.
Com o tempo ela pereceu
porém Jesus não morreu!

Muitos dizem que a respeitam
porém se deleitam
nos desmatamentos,
transformando as matas em tormento.

Um dia no ano respeitam a cruz.
Os outros 364 é fato consumado.
Árvores são arrancadas,
florestas desmatadas.

Para que honrar a cruz,
se não obedecem a Jesus?
Cruzes são encomendadas a cada dia.
Esta é a estimativa...

Muitos querem negociar oxigênio...
Sabem que faltará no próximo milênio.
Bom...mas o que fazer? Respeitar a cruz
ou honrar os mandamentos de Jesus?

E quais são?
Amar a Deus sobre todas as coisas...
E ao próximo como a si mesmo...
Qual deles você obedece?
A cruz ou Jesus?
Elen viana





BATATINHAS






As batatinhas hoje nascem
E não esparramam pelo chão.
Nem os menininhos dormem,
Com a mão no coração.


São as batatinhas desta terra,
Improdutivas como asfalto.
E os meninos que ela encerra,

Sonham alto,
sonham alto


Aparecido Januário

sexta-feira, 16 de julho de 2010

QUINTA ESSÊNCIA





O frio
o vento-frio
o vento
o frio .
As margaridas na varanda ,
os girassóis no canteiro
o relógio na parede
o passar do ônibus ,
a lamparina no terraço
as rosas no jardim
as gotas de chuva
a chuva
chovendo .
Molhando as plantações .
Na rede , dois corpos
unidos pelo abraço .
Eu , você
Você , eu .
O vento novamente
aumenta rapidamente
agora , mais forte
a lua , fria
o vento
frio .
O corpo no momento
aciona o movimento
provovando o aquecimento
das mãos colocadas bem firmes
em cima do coração .
O vinho
o pão ,
(novamente) o coração ;
A união .
O fogo queima a lenha
assando a carne
o alimento , agora quente
se tornando o sustento
no frio , na varanda
ao som do violão .
Uma foto na estante ,
dois corpos unidos ,
a união dos corpos ,
do coração , em um coração .
Um instante de alegria ,
pouco tempo durou...
Dos meus olhos azuis ,
duas gotas se soltaram
eu pensava que era orvalho
mas , as gotas me enganaram ,
eram lágrimas pequeninas
de injustiças cometidas
iluminadas pelos raios do luar .
Um sim , um não
os raios do sol , o corpo doente
no leito , a gripe .
O corpo doente , precisa de calor ,
de aquecimento , de repouso .
Vou dormir e depois acordar
num outro dia , talvez melhor ,
da saúde
do corpo .
Na mente , as idéias
existentes na sabedoria ,
dos sábios , dos livros ,
nas palavras dos mais velhos ,
dos senhores
dos sábios - senhores , dos mestres ,
de todo aquele que , de uma maneira ou outra
faz e pratica a sabedoria
e a divulga para todas as terras , em todas as línguas ,
do mundo moderno ou antigo ,
na Asia , Europa ou Américas .
Estou te olhando criança ,
estou te observando ,
em teu olhar criança , resplandece a esperança .
Estou te seguindo criança ,
estou caminhando , bem ao teu lado .
Criança , estou lhe pedindo : ama-me criança .
Não me deixe aqui sozinho ,
ama-me criança
estou lhe implorando , fique sempre comigo
não fique longe de mim .
Abrace-me criança , preciso da sua força .
Criança ,
não consigo ficar longe de você ,
abrace-me criança , de-me a sua força ,
beije-me criança , preciso do seu amor ,
ame-me criança , enchugue as minhas lágrimas ,
ame-me criança , estou caminhando
para outro lugar .
Abrace-me criança , estou prosseguindo
com a minha viagem .
Abrace-me criança , estou indo embora ,
ame-me criança , pela ultima vez ,
beije-me criança , estou acabando
estou morrendo .
Ame-me criança
beije-me criança
estou me separando ,
minha alma , meu corpo .
Criança ,
estou indo embora ,
para outra vida .
Adeus pequenina criança ,
sempre te amarei , estou partindo .
Criança ,
abrace-me
beije-me
a
me-me .
Abrace
ame
beije ...


LUIZ F.BOSQUIERO

domingo, 11 de julho de 2010

2.aula- Resenha: A CULTURA GÓTICA



Infelizmente tamanha é a ignorância d´algumas pessoas ao se depararem com o termo "Gótico" ou Dark.

No Brasil o gótico teve seu apogeu no início dos anos 80, sendo que sua origem, no Reino Unido; em meados no final dos anos 70, derivou-se do gênero pós-punk.
A Cultura Gótica associa-se não somente às tendências de vestuários, ornamentos; mas também um tributo aos grandes literários, música, filmografia e todo um estilo e maneira de ser.

Ao contrário do que muitos imaginam, essa cultura não é um culto à escuridão onde vive-se sob redomas enrustidas às margens da sociedade, muito pelo contrário, é uma arte como outra qualquer visando sempre um estilo, imune de dogmas ou pré-conceitos!

Portanto, se você é ou conhece alguém do tipo a fomentar toda uma gama de pré-con
ceitos antes mesmo de formar um conceito próprio a respeito desta ou daquela filosofia, primeiramente leia, compreenda o assunto, argumente e depois critique! Questione sempre!

Abraços fraternais...








TIAGO CALEGARI

O MILAGRE DE CLARA




Clara, era uma criança cheia de esperança,
mesmo com poucas chances de vida,
transformava seus dias em pura alegria.

Seu maior sonho era pular corda,mesmo sabendo
que seu destino era a cadeira de rodas,
mas, contentava-se somente em cantar
em baixo da jabuticabeira, do seu Pereira.

Seu Pereira,era o jardineiro, que no horário matinal,
levava Clara ao quintal daquele imenso hospital.
Para cantarolar e comer frutinhas sempre fresquinhas.

Vendo as crianças do hospital chorando,
Clara entristeceu e resolveu ensinar,
as crianças a cantar.
Quem canta, seus males espanta!

Montou um coral, dentro daquele hospital.
Todas as tardes, era pura arte!
Lindas vozes alegravam , a todos que ali estavam.

A partir daquele dia, não houve mais melancolia.
A música transmitia-lhes alegria e harmonia.
E cada criança que ali chegava, Clara já ensinava
as primeiras notas para cantar e a tristeza assim afastar.

Este foi o milagre de Clara!
Transformou a pediatria do hospital
Em uma enfermaria cheia de alegria.

Autora: Elen Viana

http://recantodasl
etras.uol.com.br/autores/elenviana

††...Lôbrega vereda...††



Gélidos sonidos das altas badaladas dos sinos doirados, oriundos da santa catedral central, percorriamm em mia direção. Meus ouvidos zuniam, saltitavam a cada estampido desta dor auricular, perfazendo o trajeto soado ao meu triste e ínfimo coração. Reles órgão adornado por veias caóticas e sentimentos azedos, amargos, acres, ácidos; d´um respaldo delicado das frívolas mãos da morte!
Meu corpo estava ali, jazido sob as brumas empalidecidas, acamado ao meio daquela inóspita e tosca rua.
Podia ouvir os miados dos negros felinos, saltitando aos muros em busca de alimento, os grasnados dos doces corvos, ah, criaturas pérfidas, mas d´uma beleza incomensurável.
Lá nas frondosas montanhas, a matilha lupina se reunia, e num bailar sinfônico, uivavam para a grandiosa rainha da noite: a belíssima lua prateada, encoberta pelas negras nuvens.

Meu corpo, antes peralta e azafamado, esmorecia lânguido a cada pontada afiada em meu sorumbático peito. Sim, ela me tocou, fria, reles, categórica.
Podia vê-la montada em seu negrume corcel, baforando pelas narinas, resmungando palavras codificadas, entoando seu hino noctâmbulo, levando mais um´alma para sua cinérea morada.

Meneava eu, resfolegante, d´um lado a outro, tentando erguer-me da frieza daquela pétrea rua. Meu assassino ainda por perto, apenas observava mia ida ao outro lado, armado com seu punhal lívido e ensanguentado, cúmplice de seu crime. Ao seu lado, uma horda de vampiros e demônios o assistiam, e assim, zelavam para que mi´alma fosse para junto de sua fome e ganância.

Mas eu era forte, astuto, sagaz. A luta era constante: d´um lado, amortalhada e prestes a me levar - a morte - d´outro, meu assassino com sua legião de maldade, pretendendo extinguir-me dos campos luminosos e de mia paz profunda.

A lua então, desnudada pelas nuvens e se apresentando prateada ao meu orbe, fundiu-se com mia energia transcendente e num bailar de lufadas, meu corpo iniciara a transformação!

O assassino, não acreditando no que presenciava, arremessou o punhal contra meu corpo, agora piloso e tomado por uma força indizível, e em total desespero, tentou fugir.
Meus olhos rasgados e arregalados em tons amarelos alaranjados, o acompanhavam, meus aduncos com unhas afiadíssimas aguardavam o momento exato de esfacelar aquela carne crimonosa. A morte, d´outro lado, meneava seu corpo na tentativa de cobrir o meu, todo selvagem e indômito.
Totalmente transformado em um licantropo, ergui-me para a lua, mia fiel companheira daquela noite, uivei em alto som, clamand´aos animais noctívagos e a tod´o meu poder taciturno.

A descida das montanhas não foi obstáculo para os lobos, que seguindo mi´energia, cercaram o bandido. Os corvos em pousos rasantes, bicavam os olhos, ouvidos e cabeça daquele pobre infeliz.
A luta era constante, mas inválida. Os lobos, aos poucos, foram arrancando os membros do bandido, enquanto qu´os negrumes pássaros s´alimentavam de suas entranhas.
Eu, de longe, apenas acompanhava astuto, espumando pelas ventas e em porte firme e austero sobr´a rua.
Quando estava prestes a desfalecer, em um só golpe, arranquei-lhe a cabeça com tod´o poder de meus aduncos, exaltando toda mia fúria e imponência perant´aquele pobre ser.

Os vampiros e demônios me fitavam, queriam guerra, almejavam iracundos o meu fim.
Num só pulo definhei um a um, arranquei os chifres dos demônios e estanquei a mia bandeira sobre eles, a mia impressão, a marca da licantropia.

A lua, aos poucos, fora tocada novamente pela negrura das nuvens,
e eu, podia ouvir o galopar da senhora das almas novamente ao meu lado, tocando com suas gélidas mãos o meu corpo, a mi´alma, a mia vida.
Sua voz ruidosa ao pé d´ouvido, chamou-me, e num galopar incisivo levou-me ao seu vale, onde somente lá eu teria a paz que tant´almejava! Estava totalmente à sua mercê e finalmente em paz profunda!

Tiago Calegari

SEM TÍTULO



O brilhar do olhar,
no olhar de um cego.
O som das palavras,
nos lábios de um mudo.
O bater dos sons, no ouvido
de um surdo,o avesso dos sentidos,
nas pessoas sem sentido.
Caminhar de uma pessoa, uma cadeira
de rodas, e a necessidade das mãos tocarem
os pés.
Será utopia?
Espelho do mundo, ou reflexo num lago de água
estagnada.É o avesso do avesso, o contrário do contrário,
o certo no errado,o errado no certo;a luz é mais forte
que a escuridão, e a claridade.Se exalta diante
da sombra.A juventude aprendendo com
o idoso,o mar esperando o rio.O que
seria deste mar se não fosse o rio?
Cantar de um pássaro, sempre
é mais belo que o som da
moto serra?O correr das
águas é mais veloz
que o correr do
fogo?
As mãos que matam, são as mesmas que nos dão a vida?
O outono espera a primavera, e o inverno o verão.
A mariposa, sempre será uma borboleta?
E a gaivota nos mostra o caminho
para o norte...


A natureza ensina ao homem que:
as vezes se nega em aprender,
e desta forma se oculta,
se esconde, sob as asas
da mentira, sob as asas
do condor.
Prefere
o egoísmo,
a ganância ,
o lucro,
Prefere MONEY, MUCH MONEY...
Nada mais importa, nem se o seu coração deixar de bater.
Para este homem não importa se o sol ainda brilha,
Nem a sua própria existência
refletindo a mais bela
essência
...A VIDA!
Luiz Bosquiero

luizfco42@hotmail.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

CALAFRIO



Passos na escada,
Arrepiar os cabelos...
Estalidos no corredor,
Eriçar os cabelos...
Vozes ásperas,sussurros,
Estremecer as pernas...
Passos fortes no portal,
Bater os dentes...
Estampidos, batuques,
Corações aos pulos...
Lamina faiscando no ar,
Luta tecendo sem par,
Vozes gritando no ar,
Mãos lutando sem parar,
Sangue jorrando...

Aparecido Januário da Silva
cidojan@yahoo.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

1a.Aula- Resenha- O que é LITERATURA?




A LITERATURA é considerada uma arte, tal como a dança, a música, a pintura, entre outras.
Através dela, teremos um emaranhado de experiências vividas pelo homem chamadas de CONHECIMENTO ADQUIRIDO de certa época; sendo assim, a LITERATURA é um meio de comunicação, que nos transmite e ensina,fazendo-nos voltar ao passado sem a necessidade de ter vivido nele.

Elaborado por:
Elen Viana
elen.alves.viana@gmail.com

letra da música: VIDA BANDIDA



INTROD. : C G DM AM C G F
( C G Dm Am C G F ) SOZINHA NA MADRUGADA FRIA DO OUTONO, O VAZIO DA CAMA ME FAZ PERDER O SONO E REPENSAR SOBRE MINHA VIDA ..TÃO BANDIDA! O PORQUÊ DE TANTA SOLIDÃO
Dm G C QUE ESTRAÇALHA MEU CORAÇÃO.
( Am Em F C F Em Dm G F G C ) MEU CORPO BUSCA OUTRO CORPO PARA SE AQUECER MAS O QUE ENCONTRO, ME FAZ ENTRISTECER... SÓ O TRAVESSEIRO AO LADO TÃO CALADO, SENTE MINHAS LÁGRIMAS, MEU GEMIDO, DE UM AMOR QUE FORA BANIDO POR FALTA DE COMPREENSÃO, CARINHO E DEVOÇÃO.
( C G Dm Am C G F ) DE UM CASAMENTO QUE VIVEU EM TORMENTO E QUE NUM DADO MOMENTO, QUANDO PASSAVA POR UM VENTO DE INCERTEZAS, ANGUSTIA E TRISTEZAS ABANDONOU TUDO QUE UM DIA JÁ TINHA VIVIDO,
Dm G C Gsus4 G PARA RECOMEÇAR UM NOVO AMOR...
( C G Dm Am F C Dm G Gsus4 G ) E ISTO ME TROUXE GRANDE DOR POIS FOI MEU PRIMEIRO E ÚNICO AMOR. DESDE A JUVENTUDE A PLENITUDE DO MEU SER DE TODA MINHA VIDA ...TÃO BANDIDA! ( 3x)
Autora: Elen Viana
Arranjo: Rafael Viana







As horas...






Passam-se os minutos
Jorrando seus prantos ness´alma
Lágrimas sorrateiras, aos graúdos

As horas tendem a lancinar
Com seus aduncos afiados e tenebrosos
Engasgando meus prantos e a derramar

Ah, s´os ponteiros lhe trouxessem a mim
A cada batida dos minutos que se sucedem
Faria-me um maestoso serafim

Mas as setas dos ponteiros por aqui cavocam
Pungem com seus gumes afiados o peito meu
Desta vida vazia mi´alma é morta

Enfrent´então em nímio ardoroso
Os tentáculos e pólipos afiados da vida
Ensimesmado pelo Amor dest´Elo mavioso

Mesmo Chronus tecendo seus ritos de morte
Empalidecendo mia pele moren´e osculando meu sangue
Retorno ao teu lume, mia vereda em sorte
À ti, Majestade, Rainha portentosa a exaurir-me do langue

Tiago Calegari

terça-feira, 6 de julho de 2010

ANTONIO, O ENFARTADO



...Foi naquele quarto,
aquele triste enfarto...

Tudo começou, quando ao remédio parou,
e o cigarro e a bebida o contagiou...
Antonio, 48 anos,casado
e um coração muito cansado.
Veio carregado no colo pelo patrão,sem ação,com sofreguidão.
Ao chegar com dores no peito,
fôra colocado logo ao leito.
O médico o consultou e logo constatou dor precordial.
Segundo Antonio, nunca houve dor igual.
Recebendo um isordil sublingual.
Suas extremidades estavam cianóticas,
não era ilusão de ótica,e sim a mais pura realidade
naquela tarde...
Sudoreico,dispnéico e com fortes dores e tremores.
Seu vício o deixara hipertenso e propenso a ser um enfartado,
precisando inclusive ser monitorado.
Um eletrocardiograma foi necessário correr,
bastou o médico ver para entender, que era preciso puncionar
uma veia para medicar.
Sua medicação correra em bomba de infusão.
Mais uma vez Antonio fôra poupado,
porque Jesus estava a seu lado.
A dor cessou e não precisou de cirurgia.
A precordialgia ,era do enfarto do miocárdio.
Fica aqui um alerta para todos os Antonios,João,Marias e companhia...
Nem sempre serão poupados,por isso é preciso muito cuidado.
Não exagerem na bebida e não fumem todo dia.
Se possível parem agora!
A morte não ignora, leva a loucura e desce a sepultura.

Elen Viana-

POBRES PINCÉIS


POBRES PINCÉIS
Pobres pincéis .
Pobres pincéis ,
que vivem embebidos de tinta
ou atordoados de solvente .
Pobres pincéis ,
que vivem dançando a louca dança das cores ,
cravadas na planície branca de uma folha
ou das telas ainda virgens de um quadro .
Pobres pincéis ,
não possuem nenhuma forma de serem
contrários aos mandos e comandos

do autor-pintor .
Pobres pincéis ,
vivem nesta dança , embelezando quadros ,
decifrando lay-outs ,
colocando brilho e cor na paisagem
fria e cinza de
uma arte .
Pobres pincéis ,
escondidos do mundo , trancados em gavetas
guardados em caixas ;
ou protegidos em tubos
.
Pobres pincéis ,
ocultos da vida , longe de tudo e de todos ,
alheios ao que ocorre à sua volta .
Pobres pincéis ...

LUIZ BOSQUIERO
luizfco42@hotmail.com

MEU CALVÁRIO


Quantas avenidas nesta cidade,
quantos carros em velocidade,
tantas vezes nelas caminho,
e tantas vezes, às vezes, me desalinho.
Afogado num copo de vinho,
sufocado num terno de linho,
lágrimas nos olhos, risos soltos;
aos olhos dos passantes,
aos teus olhos estonteantes.
Mais pareço um marginal,
caminhando entre ventos e folhas,
fumaça e barulho infernal,
até chegar ao fim.
De um dia e de uma avenida
e cair num canto quase sem vida...

Aparecido Januário da Silva
cidojan@yahoo.com.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dúcteis Lembranças


A lufada tocava em mia face levemente pilosa. Cerrei meus olhos e transpassei para um universo totalmente paralelo, distante, mas mesmo assim; tão próximo de mim, próximo de meus desatinos, tão próximo finalmente, de meu Amor!Um campo forrado por videiras cobria a paisagem úmida daquele formoso lugar! Andei esguio por entre as belíssimas parreiras e ao longe, avistei um ímpar e solitário, mas frondoso carvalho. Suas castanhas despencavam àquele suntuoso gramado, guarnecendo o verde, em pitadas marrons das fagáceas.

Sentei-me abaixo daquele presente da natureza, fitei aos céus nebulosos, mas d´uma vivacidade e beleza incomensuráveis e presenciei a faustuosa obra das alturas. Gotículas d´orvalho ainda podia sentir com o toque de mia tez sobre a relva e poucas milhas dali, sobre as montanhas verdejantes, algumas casuchas se defrontavam com a grandiosidade daquele ambiente menálio, mas totalmente acolhedor e sereno.

Acamado sobre a relva, não muito distante dali, ouvi um cântico que por sinal, um belíssimo hino feminil, qu´era soado em notas suaves e coerentes ao relento.
Abri levemente meus olhos e num tatear visual tive o meu primeiro contato com aquele ser magistralmente belo!
Ornada em um vestido camponês acinzentado e espartilhado, saltitava sutilmente pelo campo florido. Envolta numa ternura infante, suas melenas doiradas dançavam por suas espáduas femíneas e seu sorriso, ah, tamanho eram os gracejos daquela face sorridente que de antemão, tomou-me d´uma paixão e nostalgia infindáveis e sublimes.
Trafeguei-m´então, em sua direção. Ela, inerte, navegou com seu olhar esmeraldino aos meus caramelados. Nossas almas ali se tocaram, interagiram de maneira a irrigar uma à outra com total devoção e candidez! Mias mãos delgadas tocavam a alvura de sua tez veludínea. Seus olhos então cerraram-se d´uma ternura eternal a afigurar-se a um ser angelical. Seus rubros e finos lábios osculavam a estrutura de mias mãos e num gesto ameno ela tornou a olhar-me dizendo em voz doce e branda:
- Amado, vieste!
Ah, aquela voz, os toques, o olhar, os sentimentos eternais os quais não pude conter, perfaziam uma nostalgia em todo o meu ser eriçado. Aquilo tudo, tinha um nome: Amor!
Revidei ao seu olhar sempiterno e respondi:
- Sim, cá estou, vida mia; cá estou para estancarmos as dores mundanas e concretizarmos nossos reais intentos d´Amor.
Tomei-a em meus braços e a abracei varonil, vertendo nossas emoções em lágrimas de saudade e devoção.

Podia sentir um lume ofuscante a escorrer sobre nossos orbes, o perfume frutuoso vindo de sua esfera cativante, ouvia os sonidos dos animais silvestres os quais faziam parte daquele lugar e em mia mente, um filme distante se fazia presente; lembranças de todas as nossas eras amantes.

Depois daquele abraço eternal, nos fitamos, e com um beijo estridente d´Amor, realçamos nossos corpos à beleza ímpar daquele lugar. Oh, quão saboroso eram aqueles ósculos onde nossas línguas s´adocicavam no salivar d´uma paixão milenar e eternal.
Sobre o orvalho daquele gramado sereno, nos amamos e levitamos ao que de melhor o amor podia nos regozijar. Desfalecidos ao dúctil libar, acordamos, nos idolatramos e aos poucos nos levantamos.

Andamos pelas videiras, passeamos pelas verdes montanhas, acompanhamos o por do sol e o arrebol cair.

Foi então, que a lufada tocava novament´em mia face levemente pilosa. Entreabri meus olhos, meneei a cabeça d´um lado a outro e na penumbra a ouvi, me chamando, me Clamando em súplicas desesperadas.

Ela, no mundo real aos prantos, m´ouvia, eu, do outro lado da vida, lhe queria; lhe desejava. Olhei ao meu regaço e deitada, uma rubra rosa descansava; almejand´o meu toque de homem amante. A última lembrança de meu Amor.

Naquele século o destino havia nos separado pela carne, mas nossas almas jamais se descompassariam uma d´outra! Pois, a partir daquela data, seríamos ao eterno, um mais um =
nós!


Tiago Calegari



BRASIL DE TODOS



Amazônia esfacelada.
Sua mata incinerada.
Animais em extinção,
que um dia tinham de montão.
Percorriam a mata virgem,
hoje perde seu hímem,
que lhe dá satisfação,
Gozo... Sabor e emoção...
Mas, o que fazer,
se outros países querem ter este prazer.
Usar nosso minério...
Fazendo para eles um império,
com nosso verde, nossos animais e minerais?
Onde um dia nossos ancestrais,
morreram para libertar
proteger e fazer,
com que nosso Brasil, fosse um país varonil.
Bom de futebol, carnaval e muita ginga
.
Ginga no samba, na ciência,
que me deu esta eloqüência,
de escrever este poema
nesta hora da madrugada,
mudando minha jornada,
trazendo-me inspiração,
emoção e motivação,
de falar do meu país,
no qual recebe de braços abertos
estrangeiros, imigrantes e visitantes.
Não se importando com a miscigenação.
Zelando apenas contra a ambição,
de inimigos que se dizem amigos.
Mas na realidade, há ambigüidade
,
pois estão cheios de maldade.
Chegam de mansinho... Querendo um pedacinho
da nossa terra abençoada,
com desculpas de que será transformada,
em um país de primeiro mundo,
mas na verdade, querem nosso Brasil.
Elen Viana

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/elenviana
elen.alves.viana@gmail.com


domingo, 4 de julho de 2010

TRIBUTO À ELEN






Primeiro a anestesia,
A tesoura,
A pinça,
Depois o bisturi,
A sorte.
O corte,
A seguir, o álcool,
A pinça,
A sorte,
A agulha,
A atadura,
A sorte,
A tesoura,
O soro,
O estéto,
A morte...
Aparecido Januário da Silva

cidojan@yahoo.com.br

BEIJO VERMELHO



A paixão sai pela boca
escorrendo pelos lábios vermelhos,
escorrendo num líquido morno
e doce em forma de beijo vermelho
um beijo doce
doce beijo vermelho.
A palavra sai pelos dedos sangrando
E molhando as folhas brancas
do papel,
Sangrando e molhando as folhas em forma
de letras,
Letras que formam palavras negras
na folha branca.
O sentimento sai pelos olhos molhando
A face rósea em forma de lágrimas cristalinas
Orvalho na relva pela manhã;
Ou flocos de neve
derretidos pelo sol.
O amor queima os corações
Como fogo queima a palha seca.
O amor surge no sentimento
aparece nas palavras
se fortalece na paixão.
A paixão sai da boca
escorre pelos lábios vermelhos
num beijo vermelho
vermelho
como a paixão.

Luiz Francisco

http://recantodasletras.uol.com.br


É BEM BOM O MAU MAL





Quem disse que o mau faz mal,
e que sendo mau, é um mal ?
Não será também normal,
que este seja tão natural?

Aquele que pratica o mal,
nunca o fez por mau.
Pois ele não é mau
e alguém o tornou anormal.

Por não poder praticar o bem,
que ao outro nunca convém,
só restou como único ideal,
um caminho tão desigual
.

Quem nunca fez mal,
e nunca foi mau,
nunca foi dual,
nem navegou em rude nau
.

E agora não me leve a mal,
que tudo é natural:
Tanto o Bem como o Mal,
tanto o Bom como Mau !

Aparecido Januário da Silva
cidojan@yahoo.com.br

sábado, 3 de julho de 2010

FOLHAS VÃS



folhas vãs...
ventos uivantes
soam entre a fresta da janela .
Outono ,
de tardes sombrias
de um vermelho-alaranjado
refletindo no espelho dos olhos .
Outono ,
da sopa quente com queijo derretido ;
dos lábios dourados de vinho tinto
e , do calor estridente da lareira .
Outono ,
das lãs coloridas
dos casacos formosos
e dos sapatos em couro .
Outono ,
da hortelã umedecida no vinho-quente ,
da manta quente e convidativa
e do jantar romântico dos amantes .
Outono ,
cheiro de gengibre no ar ...
Amanhecer noturno ;
dias curtos , noites longas .
Outono ,
que chegou de um verão
ficou marcante e trouxe
os primeiros ares do inverno .

LUIZ BOSQUIERO
http://recantodasletras.uol.com.br

ESPELHO D'ALMA




Oh ! espelho da minha alma !
O porquê de tanta lembrança,
que me traz tão grande esperança,
de um dia acordar em um mundo de bonança.

De paz, alegria e harmonia,embora sendo utopia,
Israel e Palestina serem aliados...
Mesmo que ainda hoje sejam alienados,
pois vivem aprisionados em um terrível passado!

Batalhas sangrentas,que ainda hoje afugentam,
homens e mulheres de viverem um futuro de paz
num país sagaz,onde a guerra predomina
como se fosse uma mina.

De dinamite, homens bomba... Crianças guerrilheiras
vivendo sem eira nem beira,
crendo na predestinação,
de morrer pela nação.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ode à Melancolia







Aqui, ela chega, empalidecida
Dona assídua de meus trejeitos
Imper´em meu leito, envaidecida
Nume da dinastia em meu peito



Oh, meu grandioso Leviatã
Resval´em mim seu sopro eternal
Punja-me com sua frâmea vã
Agigantada hidra, anjo do Mal!



Encanta os silfos destes meus rios
Enxovia mias salamandras
Adoece mia fauna, meu cio



Oh, merencória, sanguessuga
Eterno é seu império majestoso
Amortalha-me, rainha imunda




Tiago Lima Calegari






http://www.youtube.com/watch?v=1acKfVht_kY

(ouçam...maravilhosa música d´uma esplendorosa banda)

Majestática Soberania








É seu lume qu´habita cá, estonteante
No relicário desta mi´alma argeticérula
Não existe nume maioral ou cativante
A emanar sua femínea e dúctil presença

Mesmo padecid´em tristeza cá abundante
O respaldo d´Amor para sempr´a mim deClama
És maioral santidade deste homem amante
Rainha de todas as mias eras, cândida flâmula

Oh, mia Senhora, Imperatriz!
Majéstica é a tua Excelência
Mesmo c´a sofreguidão a um triz
O ardor jamais se perdeu em nossa Dinastia

Ensimesmo-me sim, adoeço, empalideço
Mas sou régio, sou força, poder d´um guerreiro
A esse Amor, eu jamais me despeço
Dádiva perene deste teu homem matreiro

Por mim, por ti, por nós,
Esfaqueio as quimeras mais dantescas
Encaro a Medusa e desat´os nós
Guarnecido por Miguel, Arcanjo de mias proezas

Vem, amado lume de tod´as mias eras
Levanta-te, saia do casulo, anime teu semblante
O tempo d´escuridão se esvaece c´as feras
Desiderat´o teu melhor, ascendid´alma chamejante

A infantaria dos ascencionários nos aguarda
Respaldand´o poder glorioso de nosso ser
Vind´amada, vinde cá! Caminhemos à jornada
A vitória colossal sobr´o caos de nosso sofrer

Em total arrimo de mi´esfera flamejante
Seguro tuas mãos tão macias e plumosas
Seguind´a excelsa ventura adocicante
Das glórias de noss´Amor e paixão portentosa


Tiago Lima Calegari

Pérola Perdida


PÉROLA PERDIDA

TODAS AS NOITES VAGUEIO COMO UM FANTASMA
EM MEIO AS CATACUMBAS DO CEMITÉRIO DAS DESILUSÕES,
GEMIDOS E LAMENTAÇÕES...
PROCURANDO UMA PÉROLA QUE ME FÔRA ROUBADA.

DEVIDO A MINHA FALTA DE PRECISÃO, DEIXEI-A CAIR AO CHÃO.
FOI QUANDO SURGIU UM LADRÃO E A ROUBOU,
PROVOCANDO-ME PAVOR E DOR!

PÉROLA COMO AQUELA DIFÍCIL É DE SE ACHAR,
DE SE COMPRAR...
DE SE GANHAR...

QUEM A TEM, NUNCA QUER SE DESFAZER.
POIS PARA TE-LA, É PRECISO MERECER.
E ENTENDER, O GRANDE VALOR... DO AMOR!

AH... SE EU PUDESSE ENCONTRAR A MÃE CONCHA,
E DIZER-LHE: INFELIZ FOSTE EM CONCEBER, TÃO
INEFÁVEL E INCOMPARÁVEL PÉROLA!
SEDIADA, EXALTADA E ÀS VEZES ESTUPIDAMENTE HUMILHADA...

QUANTAS CONCHAS GEMEM DE PESARES, NO FUNDO DOS MARES...
E QUANTAS PÉROLAS CAÍDAS AO CHÃO...
POR FALTA DE ATENÇÃO E DEVOÇÃO.
FORAM SEPARADAS, ARRANCADAS, SEM LAR... SEM PAR!

MAS A LUA CHEIA CHEGARÁ...
E CREIO QUE A PÉROLA ELA ME ENTREGARÁ.
CATACUMBAS NÃO AS VISITAREI, NEM MAIS VAGUEAREI
PELOS UMBRAIS... NEM VISITAREI MAIS OS CAIS...

Elen Viana
elen.alves.viana@gmail.com