segunda-feira, 26 de julho de 2010

Jorra de mim...



Jorra de mim, o mais rubro sangue
Co´a pureza infinita dess´Amor
Despenc´aos cântaros a um mangue
Penetrando em meus poros abertos co´amar.gor

A misantropia defeca em meu ser
A um´anátema ferrenha a exaurir
As energias deste meu tenro apetecer
Mas ess´Amor, o sentimento não haverá em s´esvair

Jorra de mim o mais cálido sangue
A queimar mia tez guarnecida por su´ausência
Ouç´aos sussuros mi´alma inteira langue
Prostrada e infante, suplicand´a sua presença

A merencória plúmbea afia suas lâminas
Neste nédio coração arraigado
Exaurindo de meu imo as sequiosas hidras
Esculpindo o cinzel de meu corpo selado

Jorra de mim o mais efusivo sangue
Que morno, adoece nas saudades tuas
Perfazend´o caminho de mi´alma exangue
Rogando por ti, Rainha, às inóspitas alturas

Tiago Calegari


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