Passam-se os minutos
Jorrando seus prantos ness´alma
Lágrimas sorrateiras, aos graúdos
As horas tendem a lancinar
Com seus aduncos afiados e tenebrosos
Engasgando meus prantos e a derramar
Ah, s´os ponteiros lhe trouxessem  a mim
A cada batida dos minutos  que se sucedem
Faria-me um  maestoso serafim
Mas as setas dos ponteiros por  aqui cavocam
Pungem com seus gumes  afiados o peito meu
Desta vida  vazia mi´alma é morta
Enfrent´então em nímio ardoroso
Os tentáculos e pólipos afiados da vida
Ensimesmado pelo Amor dest´Elo mavioso
Mesmo Chronus tecendo seus ritos  de morte
Empalidecendo mia pele  moren´e osculando meu sangue
Retorno  ao teu lume, mia vereda em sorte
À  ti, Majestade, Rainha portentosa a exaurir-me do langue
Tiago Calegari

 
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