segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Doen.Ti



Lamecho exacerbado a esta dor
D´onde meu coração assaz lancetado
Esganiça-se à sangria do dissabor
Das saudades por não estar ao seu lado
Quimeras perniciosas, escárnio e mau grado

Sussurro aos gemidos suspirantes
Por tua presença cândida doirada
Perco-me em mia treva delirante
Salutando o vício por mi´Amada
És o antídoto, meu mimo apaziguante

Uma doença fatídica aprofunda-me na saudade
Culminando um´ardilosa ardência febril
Torniquete merencório de tu´ausência, é frialdade
Algoz a vergastar este meu corpo viril
Retorno ao pó sem tua presença feminil

Oh, Amadinha, meus dias são tão sôfregos
Gris nuvens pálidas a tomarem o meu cerne
Meus pensamentos permanecem noctâmbulos
Sem tu, sou infinitude gélida; sou doente
Noss´Amor transcende à estratosfera cerúlea e aos anos


Tiago Calegari


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